Sou artista
Sei que sou
Bato no peito
Grito ao vento
Ao som do silêncio
Crio meu mundo
Minhas verdades
Encantatórias
Perdido no escuro
De meus pensamentos
Sob a quentura e clarão
Que me aquece, me anima
E me cega no espaço que é meu
Onde sou rei e plebeu
Homem e menino
Onde sou o que sou
Artista
Sem palco
Sem crédito
Sem rua, sem leito, sem valor
Invento meus sonhos
Sorrio para o mundo
Com fome de pão
E suspiro cansado
Do fundo da alma
Me embalo no carrossel do destino
Com força de menino
Que trago comigo
Pra esquecer de mim mesmo
Esquecer do mundo
E no centro do breu
Com olhares brilhantes
Fazer o que é belo
Aquilo que amo
Me realizar
PAJEÚ, H. Ser artista. In: Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2007. vol.41.
Oh mininu artista arretado! Gostei muito de sua poética, forte e contundente. Continue a escrever outras boas poesias...
ResponderExcluirJ'tambrasse, mon ami!
Ulha...! É o mininu do Gege. Linda poesia. É isso aí! "(Artista), olha! A vida é nova!
ResponderExcluirA vida é nova e anda nua
- vestida apenas com o teu desejo!" Mário Quintana.